terça-feira, 27 de março de 2012

e a ponte vem...


Léo, menino Léo...peste que a um ano e meio me acompanha, me intriga, me cansa e me sorri, todos os dias.
Como eu pensei hoje no que fazer pra enfim te alcançar. Quase desistindo.
Expansivo, gritante, fechado.
Quanta energia,  que se canaliza vai saber onde. Talvez de onde venham os motivos, os tantos problemas que te impedem de se sentir parte dessa instituição fechada que ainda é a escola.
O que fazer com vc Léo?


E quando a noite vem, um suspiro de longe, da prima do interior, que não só cresceu junto, mas agora caminha junto!
Um suspiro de ideia, de experiência, de sensibilidade.
A música!

Educadores sensíveis, sofrem, se perdem, mas nunca estão sozinhos...
E juntos sempre arranjam mais um espaço pra sonhar.


segunda-feira, 26 de março de 2012





Me sinto leve quando falto dos meus compromissos e passo a tarde caminhando, sentindo o cheiro da tarde, ainda mais essas de sol como a de hoje. 
Ou então, escutando em um bar aberto algum programa de sempre na televisão e lembrando das minhas tardes de criança...que nunca tinham fim. 
Nem tempo pra tudo, pra TV, pro sofá, pra proxima brincadeira que eu iria inventar, pra rua, pra espera da chegada do meu pai no fim do dia.
Não que a possibilidade de construir uma vida comum, me desanime. É uma delicia receber o salário no fim do mês, participar de algumas rotinas, aprender, mesmo que na luta de uma profissão desgastante os sabores de ensinar alguém se ensinando.
Mas na cidade cinza tudo se intensifica. E chega uma hora que é preciso dar ouvidos ao que sua alma não quer se acostumar.
Venho pensando, no preço de tudo, no esforço desmedido e nos tempos que sobram pra lembrar do prazer...pra se lembrar do que mesmo dá prazer...
No preço das pessoas distantes, da vida sozinha, dos quartos...


No sentido de uma vida tranquila, com tempo pra respirar de verdade e não dormir sempre e toda hora que te sobra.
Uma vida que acontece quando a alma volta, e se pode sentir...